Porsche diz que 911 tem um defeito e vai corrigi-lo quando virar elétrico

O modelo mais conhecido e longevo da Porsche é o 911, que segue em linha a mais de 60 anos, ininterruptamente. Entretanto, com o avançar das décadas e da tecnologia, o modelo ficou mais forte e potente, onde apenas o desenho da carroceria e o motor na traseira seguem como detalhes mantidos intactos, desde sempre

Assim, o que mais chama a atenção ao redor dos anos é o quanto o esportivo cresceu de tamanho. Hoje, um 911 atual mede 4,51 metros de comprimento ao outro, com largura de 1,85 m e entre-eixos de 2,45 m. Além disso, o peso também aumentou, sendo de cerca de 1.500 kg, bem mais do que o peso de um modelo original, por exemplo.

Não se pode negar que o crescimento do modelo acompanhou mudanças de produção e tecnologia, torando o modelo mais seguro para seus ocupantes, mas ainda assim mais pesado. Assim, o esportivo de tração traseira também tornou-se menos ágil, algo que incomoda até a própria Porsche. Segundo Michael Mauer, chefe de design da Porsche, ainda não há muito que a empresa possa fazer a respeito disso.

Segundo o executivo, um modelo menor seria o ideal, algo que não é possível enquanto utilizar-se um motor a combustão, por exemplo. Ou seja, a solução para o peso seria um conjunto elétrico, algo que vai contra a vontade dos puristas fãs do modelo, que rechaçam completamente a ideia de um 911 movido a baterias.

Ainda que isso pareça inevitável no futuro, a montadora não nega que o ideal mesmo seria um 911 mais compacto, e assim, fiel às características do passado. Entretanto, o cenário atual não permite tais alterações, então é necessário acostumar-se com um modelo mais pesado. Mas com suas características tradicionais, respeitando a dirigibilidade e o prazer ao dirigir.

(JORNAL DO CARRO – ESTADÃO)