O Rio Negro, em Manaus, baixou mais de cinco metros somente em setembro deste ano, agravando os impactos da seca na região. O nível do rio chegou a marca de 14,30 metros, nesta terça (24), com uma média de redução de 23 centímetros por dia ao longo de setembro.
Segundo a Defesa Civil, o nível atual rio está a menos de dois metros da seca histórica de 2023, quando chegou a 12,70 metros, a menor cota já registrada desde o início das medições. Por conta da estiagem, a capital declarou situação de emergência válida por 180 dias.
No dia 1º de setembro, o rio apresentava um nível de 19,73 metros. Desde então, houve uma descida de 5,48 metros até esta terça. Em comparação, no dia 24 de setembro de 2023, o Rio Negro registrava 17,38 metros.
Ainda em agosto, o rio atingiu um nível crítico de vazante. Na ocasião, as águas desceram quase dois metros em 16 dias.
O baixo volume de água já afeta comunidades rurais da capital, que começaram a receber água e alimentos. A cidade também pode sofrer com a escassez de peixes.
Um dos principais pontos turísticos da capital, a praia da Ponta Negra já foi fechada para banho devido ao baixo nível do rio. No Porto da Capital, a seca também tem mudado a paisagem do local.
O Amazonas enfrenta uma grave crise ambiental devido a combinação de seca e queimadas. A seca já afeta mais de 490 mil pessoas no Amazonas e todos os municípios decretaram situação de emergência, segundo o governo estadual.
A previsão do governo estadual é que o Amazonas enfrente uma seca severa este ano, possivelmente pior do que a de 2023.
(G1 – AMAZONAS – REDE AMAZÔNICA)