Estudantes do CETI Joca Vieira denunciam em protesto assédio e importunação sexual dentro da escola, os casos ocorrem a pelo menos 5 meses

A situação se intensificou na última semana, quando um funcionário invadiu o banheiro feminino enquanto uma estudante tomava banho, pelo menos 200 alunas são vítimas da situação, segundo relatos.

Em meio ao fervor das recentes eleições municipais, somos forçados a encarar mais uma vez a pífia realidade da nossa sociedade. Na manhã dessa segunda-feira, estudantes do CETI Joca localizado no bairro de Noivos, zona leste de Teresina, organizaram uma mobilização sem precedentes em resposta a relatos de assédio sexual e negligência administrativa. A mobilização foi liderada por membros do grêmio da escola e pela AMES Teresina, com o objetivo de apoiar as alunas a enfrentarem um dos mais soez comportamentos humanos. Com o apoio da comunidade escolar, as vítimas conseguiram registrar Boletins de Ocorrência, resultando na abertura de uma investigação e no afastamento do diretor e de alguns professores envolvidos.

Os suspeitos segundo relatos são:

O merendeiro da Unidade Escolar, e o vigilante da unidade também são suspeitos

Até o momento, 12 alunas se manifestaram, compartilhando relatos de incidentes que ocorreram desde o início do ano letivo. Uma delas expressou sua frustração: “Não é a primeira vez. Já são mais de 10 casos, e nunca fizeram nada. A escola é pública, meu corpo não.” Essas palavras refletem a indignação que permeia a instituição.

Veja vídeo, divulgado pelo Portal AZ:

A Secretaria de Estado da Educação do Piauí informa que teve conhecimento dos fatos alegados pelas redes sociais e imediatamente tomou as providências cabíveis, iniciando a apuração, acionando as autoridades policiais e enviando à escola equipes multiprofissionais e de gestão para escutar os gestores, professores, estudantes, o grêmio estudantil e toda a comunidade escolar.

A Seduc também determinou o afastamento preventivo dos citados enquanto perdurar a investigação dos fatos e acompanhará essa apuração, mantendo as equipes multiprofissionais e de gestão de forma permanente na escola para prestar toda a assistência necessária à comunidade escolar.

Além disso, a Seduc reforça seu compromisso irrestrito com a seriedade e transparência, visando um ambiente escolar saudável, de pleno respeito e de não violência, adequado para a educação integral dos estudantes.

É inaceitável que em pleno 2024 a direção da escola tenha permitido que esses casos fossem varridos para debaixo do tapete, minimizando a dor e a luta dessas alunas. A pergunta que fica é: quando acontecerá a redenção por justiça que essas estudantes tanto clamam?

O caso segue em investigação pelas autoridades.

Foto: G1 Piauí

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