A nova Carteira de Identidade Nacional (CIN), que utiliza o CPF como referência principal e visa a unificação e modernização dos documentos de identificação no Brasil, já está disponível em todas as 27 unidades da federação. Desde o início de sua emissão, em junho de 2022, mais de 13,4 milhões de documentos foram expedidos, segundo dados atualizados pelo Governo Federal até o fim de setembro.
O Estado do Piauí desponta como líder no percentual de emissão proporcional à população. Com mais de 810,3 mil identidades emitidas, o estado já atendeu 24,01% de seus habitantes. A média diária de emissões no Piauí é de 979 documentos, sendo que apenas em setembro foram registradas 58 mil novas carteiras. O estado tem conseguido se destacar nesse processo de modernização, atingindo um dos maiores percentuais de emissão do país.
Segundo o secretário de Governo Digital do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Rogério Mascarenhas, a nova identidade vai além da segurança. “Isso permite que o serviço público seja mais eficiente. Com um cidadão identificado de forma única e segura, as políticas públicas poderão ser mais personalizadas, atendendo à real necessidade de cada pessoa.”
Foto: Reprodução – Vinícius de Freitas, nova Identidade no gov.br (plataforma de serviços do Governo Federal)
Piauí: foco na juventude
Os jovens de 15 a 19 anos estão entre os que mais procuram pela nova identificação no Piauí. Mais de 76,2 mil pessoas nessa faixa etária (9,41% da população total do estado) já emitiram o documento. Em seguida, aparecem adultos entre 35 e 39 anos, com 72,5 mil emissões, representando 8,95% do total.
Inclusão de pessoas com deficiência
Outro destaque da nova CIN é a inclusão de símbolos internacionais que identificam pessoas com deficiência, como deficiências visuais, auditivas, e o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Dos 13,4 milhões de documentos emitidos até agora em todo o Brasil, 210 mil foram para pessoas com deficiência. No Piauí, foram registradas 14.951 emissões desse tipo, com 37,3% (6.079) referentes a pessoas com autismo.
Foto: Reprodução – Símbolo PcD na CIN | Vinícius de Freitas
Além de ampliar a segurança e reduzir as fraudes, a CIN integra-se ao sistema digital do governo federal por meio da plataforma GOV.BR, que oferece acesso a mais de 4.300 serviços digitais. Para quem deseja ainda mais praticidade, a nova identidade possui uma versão digital, acessível diretamente pelo aplicativo.
Um diferencial importante do documento é a presença da zona de leitura automatizada (MRZ), a mesma utilizada em passaportes. Isso facilita a aceitação da identidade em países que possuem acordos de viagens com o Brasil, como os do Mercosul. Nos demais casos, o passaporte continua obrigatório.
Campanha de divulgação
O Governo Federal intensificou nas últimas semanas a divulgação da CIN por meio de campanhas nas redes sociais. O objetivo é conscientizar a população sobre os benefícios do novo documento, reforçando a segurança, a redução de fraudes e a integração com os serviços públicos.
Dados por regiões
As regiões Nordeste, Sul e Sudeste concentram as maiores emissões, com números que oscilam em torno de 3,5 milhões de documentos cada. Minas Gerais lidera em números absolutos com 1,59 milhão de emissões, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 1,47 milhão. A média nacional de emissões diárias está em 16,2 mil, consolidando a implementação desse novo formato de identificação no país.
Com a meta de universalizar o novo modelo até 2032, a CIN promete revolucionar o sistema de identificação brasileiro, conectando-se a outras bases de dados e melhorando o atendimento ao cidadão em diferentes áreas, desde serviços sociais até transações econômicas.
Matéria escrita por Vinícius de Freitas Jornalista do Portal TVI e especialista em cobertura de políticas públicas no Piauí.
informações do Governo Federal