Já pensou em “entrar” em uma câmera fotográfica? Conhecer por dentro como a mágica do registro da luz acontece… ou melhor: a ciência da câmera escura! Isso é possível na exposição “A Era da Imagem Analógica”, no Centro Cultural Sesc Glória, em Vitória.
A mostra convida os participantes a conhecerem a história da fotografia de forma interativa, com objetos, equipamentos pré-fotográficos e instalações que mesclam luz, olhar, tecnologia, curiosidade e fantasia. A visitação é gratuita e livre para todas as idades, aberta de quarta a sábado, das 10h às 20h, no Sesc Glória.
Segundo o curador da exposição, Paulo de Barros, o objetivo é que o público compreenda como a câmera escura contribuiu para a alfabetização em novas linguagens universais, como a fotografia e o cinema.
Uma câmera gigante foi instalada no Centro Cultural Sesc Glória para que o público tenha a oportunidade de ingressar no seu interior e, a partir dessa experiência, entender o fenômeno físico que permite a existência da fotografia. A recomendação é que esse espaço seja visitado durante o dia, até às 17 horas, pois depende da luz natural para fazer a “magia” acontecer.
Desde as cavernas, o ser humano tem testemunhado o fenômeno da formação da imagem com base no princípio físico da propagação retilínea da luz, que transformou a própria caverna em uma câmera escura, fato que deve ter surpreendido e assombrado nossos antepassados, com projeções de imagens misteriosas de um mundo exterior cheio de luz e cor.
Dentro da câmera gigante, é possível experimentar a percepção que a imagem formada na parede provocou em cientistas, artistas e filósofos, historicamente.
O segundo espaço da mostra é de outro antecessor da fotografia: o retrato de silhueta. Os visitantes podem conhecer e interagir com instrumentos de produção de retratos utilizados no século XVIII, especialmente a partir dos anos de 1760.
O terceiro espaço traz para o público a oportunidade de usar uma “câmara lúcida” para a produção de imagens. Esse aparato foi inventado em 1806, pelo cientista inglês William Hyde Wollaston.
O quarto espaço é dedicado à fotografia estereoscópica e ao formato carte de visite. Na mostra, são expostos diferentes modelos de visores e fotografias estereoscópicas originais do final do século XIX e início do século XX. O público terá a experiência de visualizar imagens em 3D, utilizando réplicas de visores antigos.
No quinto e último espaço da mostra, os visitantes terão a rara oportunidade de conhecer, a partir de imagens originais, a diversidade dos processos fotográficos – negativos e positivos – utilizados ao longo da história da fotografia, com os seus variados suportes: metal, vidro, papel, plástico, entre outros.