Educa Mais Amazônia diverte e conscientiza contra abuso e exploração sexual de crianças

A proteção de crianças contra o abuso e exploração sexual é o foco do projeto Educa Mais Amazônia, que está percorrendo municípios do estado para levar entretenimento, diversão, e também alerta sobre os cuidados que devem ser tomados pelas crianças e responsáveis. No último final de semana a equipe multidisciplinar esteve no município de Tartarugalzinho, e neste próximo, estará na região de garimpo do município de Calçoene, área vulnerável para crianças e adolescentes, e carente de atuação para combater a violência.

Enfermeiros, dentistas, pedagogos e outros profissionais compõem a equipe de voluntários, que são coordenados pela servidora pública Elinete Ladislau, autora do projeto iniciado há dois anos, e que já percorreu áreas ribeirinhas do município de Mazagão. Neste ano, a pedido de gestores de Saúde, o projeto está chegando em municípios do eixo Norte do estado.

“Usamos o lúdico para passar a mensagem para crianças, pais e responsáveis, para que os cuidados sejam dobrados e que saibam identificar sinais que indiquem se a criança está em perigo, porque a maioria dos casos são silenciosos e ocorrem dentro das casas. Por trás do fantoche, das brincadeiras, há um tema muito sério e delicado”, diz Elinete.

A coordenadora conta que, através do Educa Mais Amazônia, foi possível identificar doenças sexualmente transmissíveis nas crianças, com indícios de consequência de abuso. Elinete destaca que muitos casos não são denunciados por medo, e só são descobertos quando a criança chega ao atendimento médico. “Em um estado como o Amapá, onde muitos casos são notificados e outros permanecem silenciosos, nossa missão é levar informação, conscientização e apoio para proteger nossas crianças”.

Em Calçoene, o projeto Educa Mais Amazônia, irá proporcionar um dia de atividades recreativas, em alusão ao dia das crianças, com dança, música, teatro de fantoche, e um espetáculo musical que aborda temas como o respeito ao corpo e a prevenção ao abuso infantil, e o “Semáforo do Corpo”, uma dinâmica que ensina às crianças os limites de contato físico, ajudando-as a identificar e denunciar comportamentos inadequados. Os pais também receberão informações sobre cuidados com as crianças e saibam sobre direitos e deveres, e onde buscar ajuda.

Para executar o projeto os voluntários fazem coleta entre amigos e familiares, e agora contam com apoio do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Amapá (COSEMS/AP) e banco Itaú, que doou combustível, maleta odontológica e material didático.

(DIÁRIO DO AMAPÁ)

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