Em meio a uma situação que considera “colapsada”, o advogado Charles da Silveira, anunciado como próximo presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina pelo prefeito eleito Silvio Mendes (UB), afirmou que está desenvolvendo estratégias para enfrentar a precariedade nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nos hospitais da capital.
Durante uma entrevista coletiva nesta quinta-feira (31), Charles descreveu o quadro da saúde pública em Teresina como uma das suas maiores preocupações, destacando a falta de insumos que tem afetado diversas unidades de atendimento. O Hospital de Urgência de Teresina (HUT), em particular, enfrenta uma escassez que agrava o atendimento e preocupa a gestão.
“A área da saúde de Teresina está colapsada. Estamos recebendo os danos. Ainda não concluímos, mas estamos preparando movimentos para os primeiros 100 dias”, afirmou Charles.
Nas últimas semanas, moradores de Teresina têm se deparado com notícias sobre a escassez de insumos em várias unidades de saúde. Recentemente, mais de 30 tipos de exames foram suspensos, intensificando a crise no setor. Segundo o futuro presidente da FMS, a meta dos primeiros 100 dias de gestão é garantir o abastecimento adequado de materiais essenciais nas unidades, especialmente no HUT, onde as demandas são mais urgentes.
Entre as prioridades está também a inclusão de Teresina no novo sistema de regulação implantado pela Secretaria de Estado de Saúde do Piauí (Sesapi), do qual a capital atualmente não faz parte. A exclusão gerou uma onda de cancelamentos de consultas e confusão nas unidades de saúde municipais. Charles destacou que buscará um diálogo direto com o governador Rafael Fonteles (PT) e o secretário estadual de Saúde, Antônio Luís, para discutir formas de cooperação.
“Vamos buscar essas parcerias. Vamos lutar para que, no Piauí, a política fique de lado e exista apenas a política da saúde. Saúde é política de estado, não de governo”, disse ele, reafirmando seu compromisso com a defesa da saúde pública como uma prioridade universal.
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