Na noite de quarta-feira (13), Brasília foi marcada por um atentado de grandes proporções em pleno coração da democracia brasileira, na Praça dos Três Poderes, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Duas explosões consecutivas causaram pânico, deixando um homem morto e acionando uma resposta rápida das forças de segurança. A Polícia Federal e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) iniciaram investigações imediatas, e medidas de segurança foram reforçadas nas principais sedes do poder no Brasil.
O Início do Ataque: Explosões em Sequência
Por volta das 19h30, o centro de Brasília foi abalado por dois fortes estrondos que ecoaram na Praça dos Três Poderes, onde se localizam o STF, o Palácio do Planalto e a Câmara dos Deputados. Testemunhas relataram ter visto um homem, de aparência calma, se aproximando da estátua da Justiça, localizada nas proximidades do STF. Em seguida, ele arremessou um artefato explosivo na estátua. Após a primeira explosão, seguranças do STF se aproximaram da área, momento em que o homem lançou uma segunda bomba. Foi então que a segunda explosão resultou em sua morte.
As autoridades foram rapidamente acionadas, e a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) iniciou uma operação de varredura na região, conhecida como Operação Petardo, com o Batalhão de Operações Especiais (Bope) fazendo um levantamento detalhado para verificar a presença de mais artefatos explosivos.
Identificação do Suspeito: Francisco Wanderley Luiz
O suspeito foi identificado como Francisco Wanderley Luiz, ex-candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) em Santa Catarina. Ele tinha 49 anos e, segundo informações da assessoria de imprensa do Governo do Distrito Federal (GDF), estava agindo sozinho. A identificação foi confirmada por meio de investigações e perícia realizada no local. A Polícia Federal, que iniciou o inquérito sobre o atentado, está apurando as motivações do ataque e as circunstâncias que envolveram a ação.
A Resposta das Autoridades: Segurança Reforçada
Imediatamente após as explosões, o Supremo Tribunal Federal tomou medidas de segurança rigorosas, retirando seus ministros e servidores do edifício. Todos os ocupantes saíram sem ferimentos. A área ao redor do STF foi isolada, e a segurança foi intensificada no Palácio do Planalto, localizado nas proximidades, com o apoio do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e do Exército Brasileiro.
Além disso, a Esplanada dos Ministérios foi fechada, e os acessos à Praça dos Três Poderes ficaram restritos. O governo federal garantiu que a segurança dos principais prédios da República seria reforçada, com ações coordenadas entre a Polícia Federal, a Polícia Militar e outras forças de segurança para evitar novos incidentes.
Reações Institucionais: Condenação e Solidariedade
O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, repudiou o ataque e se solidarizou com os ministros do STF e os parlamentares. Em mensagem publicada nas redes sociais, Messias afirmou: “Repudio com toda a veemência os ataques contra o STF e a Câmara dos Deputados. Manifesto minha solidariedade aos ministros e parlamentares. A Polícia Federal investigará com rigor e celeridade as explosões no perímetro da Praça dos Três Poderes. Precisamos saber a motivação dos ataques, bem como reestabelecer a paz e a segurança o mais rapidamente possível.”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não estava no Palácio do Planalto no momento das explosões, havia deixado o local às 17h30, indo para o Palácio da Alvorada. A rápida evacuação e a segurança reforçada na região evitaram maiores danos e vítimas.
Investigação em Andamento: A Polícia Federal à Frente
A Polícia Federal já iniciou o inquérito para investigar a fundo as circunstâncias do atentado, que pode ser classificado como um ataque terrorista. O Comando de Operações Táticas (COT) e o Grupo de Pronta-Intervenção da Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal foram mobilizados. Além disso, o grupo anti-bombas fez a varredura no local e segue buscando possíveis vestígios de outros artefatos explosivos.
As autoridades também estão apurando o histórico de Francisco Wanderley Luiz para tentar entender os motivos do ataque, se ele agiu sozinho ou teve algum tipo de apoio.