O atual presidente eleito Donald Trump confirmou ontem, 18 de novembro, um dos pilares de sua nova gestão como presidente dos Estados Unidos: um plano abrangente de deportação em massa de imigrantes indocumentados. O anúncio foi feito em um evento público em Washington, onde Trump delineou as prioridades de sua administração, que promete focar em políticas de imigração mais rígidas e na segurança nas fronteiras.
Trump, que foi reeleito nas últimas eleições deste ano ao derrotar a atual vice-presidente Kamala Harris, declarou que o programa de deportação será uma das primeiras ações de seu governo.
O plano de deportação será implementado em várias fases e priorizará a expulsão de pessoas com antecedentes criminais, mas também incluirá esforços para remover trabalhadores indocumentados de setores onde há uma alta concentração de mão de obra estrangeira. Segundo fontes da administração Trump, o governo utilizará uma combinação de recursos federais, incluindo a colaboração com agências locais e estaduais, para agilizar o processo.
A proposta gerou fortes reações de diferentes setores da sociedade. Grupos de defesa dos direitos dos imigrantes se posicionaram contra o plano, acusando a gestão Trump de adotar uma postura agressiva e discriminatória. Organizações afirmam que a medida pode resultar em separações familiares e aumentar a discriminação contra imigrantes que vivem nos EUA há anos.
Por outro lado, aliados de Trump, incluindo membros do Partido Republicano, apoiaram a iniciativa, argumentando que o plano é essencial para garantir a segurança nacional e proteger os empregos dos cidadãos americanos. O ex-presidente, que fez da questão da imigração uma bandeira durante sua primeira gestão, reiterou que sua administração terá uma abordagem firme e que a fronteira sul será rigorosamente vigiada.
A decisão marca um retorno das políticas de imigração restritivas defendidas por Trump, que, durante seu primeiro mandato, implementou medidas como a construção de um muro na fronteira com o México e políticas de tolerância zero para imigrantes ilegais. Com o novo plano de deportação, o presidente eleito reafirma seu compromisso com a segurança interna e o controle rigoroso da imigração nos Estados Unidos.
Ainda não há uma estimativa oficial sobre o número de imigrantes que podem ser afetados pelo programa, mas especialistas alertam que o impacto poderá ser significativo, afetando milhões de pessoas que vivem no país sem status legal.
O plano de Trump será um dos temas centrais de debate durante o início de sua nova gestão, marcada para janeiro de 2025.