O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, anunciou nesta terça-feira (5) que irá expandir o uso de câmeras corporais para um maior número de policiais militares em todo o Estado. A medida vem após o caso alarmante ocorrido no último dia 3, quando um homem foi jogado de uma ponte durante uma abordagem policial. O policial responsável pela agressão já foi preso e aguarda julgamento no presídio militar.
O incidente, que gerou grande repercussão nas redes sociais e mobilizou a sociedade, aconteceu no bairro Vila Clara, na Zona Sul da capital paulista, quando o homem, foi arremessado de uma ponte durante uma abordagem policial que, segundo testemunhas, foi marcada por excessos de violência. A vítima, que sobreviveu à queda, foi resgatada e encaminhada ao hospital, onde passa por tratamento.
Em pronunciamento, o governador Tarcísio de Freitas expressou seu repúdio ao ato e garantiu que o policial envolvido, cujo nome não foi divulgado, já foi detido e será expulso da corporação. “Este tipo de atitude é inaceitável e não reflete os valores que buscamos para a nossa Polícia Militar. A justiça será feita, e a punição será exemplar”, afirmou o governador.
A Polícia Militar do Estado de São Paulo, que atualmente conta com cerca de 12 mil policiais usando câmeras corporais nas ruas, agora buscará ampliar o número de agentes equipados com a tecnologia.
Com a expansão do programa, o governo espera aumentar a cobertura das câmeras corporais em todo o território paulista, com foco especial em áreas de maior fluxo e em ações de risco, como abordagens em ruas movimentadas e operações de fiscalização.
O caso do homem jogado da ponte está sendo investigado pela Corregedoria da Polícia Militar e pela Polícia Civil, que devem esclarecer as circunstâncias do episódio. Além da prisão do policial, a corporação afirmou que está realizando uma revisão interna dos protocolos de abordagem para evitar a repetição de casos semelhantes.
O aumento do uso de câmeras corporais é visto como uma tentativa do governo estadual de melhorar a imagem da polícia e restaurar a confiança da população nas forças de segurança. Porém, ainda há desafios a serem enfrentados, especialmente no que diz respeito à fiscalização e à responsabilidade no uso dessas tecnologias.
O caso gerou também manifestações nas redes sociais e entre grupos de direitos humanos, que pedem mais responsabilidade e treinamento para os policiais, além de um reforço na transparência das ações policiais.