O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) concluiu, nessa quinta-feira 19, os estudos sobre os resultados do retorno do horário de verão em 2024. Segundo estimativas do órgão, a medida trará uma economia no custo de operação de quase R$ 400 milhões entre outubro e fevereiro.
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) recomendou, nessa quinta, que o governo federal retome a medida, que adianta uma hora no relógio de algumas partes do Brasil, ainda neste ano.
Para o diretor-geral do ONS, Marcio Rea, a sugestão ocorre devido aos “ganhos positivos para o setor elétrico, contribuindo para a eficiência do Sistema Interligado Nacional e, principalmente, ampliando a capacidade de atendimento na ponta de carga”.
Encomendado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), o levantamento do ONS indica que a implementação do horário de verão, em cenários de grande afluência do Sistema Interligado Nacional (SIN), será capaz de reduzir a demanda máxima de energia elétrica no país em até 2,9%.
Ainda de acordo com os estudos do operador, a medida poderá trazer uma redução na demanda máxima noturna tanto em dias úteis como nos fins de semana, “em quase todas as condições de temperatura”.
Em nota, o ONS informou que o horário de verão aliviará o efeito da “rampa da carga” – quando ocorre a elevação rápida e ostensiva de gasto de energia – entre 18h e 19h. Com o adiamento do horário de ponta em até duas horas, o operador acredita que a medida permitirá que a compensação pela saída da micro e minigeração distribuída (MMGD) e da geração solar seja feita de forma “mais alongada”.
(METROPOLES/AGORA RN)