Justiça de Pernambuco concede hábeas corpus pra Deolane Bezerra e mais 16 suspeitos, alvos da Operação Integration

Por: Vinícius de Freitas, Portal TVI

Na noite desta segunda-feira (23), o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) ordenou a soltura de 17 suspeitos envolvidos na Operação Integration, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. Entre os beneficiados pela decisão, estão a influenciadora digital Deolane Bezerra, sua mãe, Solange Bezerra, e Darwin Henrique da Silva Filho, dono da empresa Esportes da Sorte.

Deolane Bezerra, que estava presa em uma cela especial no presídio de Buíque, no Agreste pernambucano, e Solange, detida na Colônia Penal Feminina do Recife, devem ser libertadas após a decisão do desembargador Eduardo Guilliod Maranhão. O magistrado atendeu ao pedido de habeas corpus feito pela defesa de Darwin Filho, estendendo a soltura aos demais acusados.

Prisão de Gusttavo Lima permanece

Apesar das liberdades concedidas, o cantor Gusttavo Lima, que também teve sua prisão preventiva decretada por suspeita de participação no esquema, não foi beneficiado pelo habeas corpus. A prisão do artista havia sido decretada mais cedo nesta segunda-feira, sob as mesmas acusações que recaem sobre os demais suspeitos.

Além de Deolane e Darwin, foram soltos Maria Eduarda Quinto Filizola, Dayse Henrique da Silva, Marcela Tavares Henrique da Silva, entre outros nomes ligados à operação.

Medidas cautelares e restrições

O desembargador Maranhão impôs uma série de medidas cautelares aos suspeitos. Entre as exigências, estão a proibição de mudança de endereço sem autorização judicial, a proibição de deixar a Comarca de residência e a obrigatoriedade de comparecimento à 12ª Vara Criminal da Capital nas próximas 24 horas. Além disso, os suspeitos estão impedidos de frequentar ou se envolver com empresas relacionadas à investigação e de promover jogos ou plataformas ligadas à operação.

Os bens e valores bloqueados pelos investigados seguem retidos pela Justiça.

Fundamentação da decisão

A decisão do desembargador foi fundamentada em uma recomendação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que, na sexta-feira (20), devolveu o inquérito à Polícia Civil, pedindo novas diligências no caso. O MPPE também recomendou a substituição das prisões preventivas por medidas cautelares, alegando que ainda não havia elementos suficientes para a apresentação de denúncia.

Maranhão ressaltou que a falta de convicção do MPPE para oferecer denúncia demonstra a fragilidade das acusações e da materialidade do crime, o que, segundo ele, justificaria a revogação das prisões preventivas.

A Operação Integration segue em andamento, com novas diligências sendo realizadas pela Polícia Civil de Pernambuco.

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