Em uma reviravolta política que abalou a Coreia do Sul, o presidente Yoon Suk-yeol decretou na noite de ontem (02) a Lei Marcial no país, justificando a medida como uma resposta a supostas ameaças de movimentos pró-comunistas ligados ao regime norte-coreano.
No entanto, críticos apontam que a ação representa uma tentativa de consolidar poder e suprimir opositores políticos, especialmente diante de recentes quedas em sua popularidade e embates acalorados no Parlamento.
Protestos eclodiram em Seul assim que o decreto foi anunciado. Multidões se reuniram em pontos centrais da cidade, especialmente na área de Gwanghwamun, gritando palavras de ordem contra o governo e exigindo a restauração da ordem democrática. A resposta das forças de segurança foi imediata, com o uso de gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar os manifestantes. Ainda assim, a resistência persiste, e imagens de barricadas e confrontos intensos tomaram as redes sociais, viralizando rapidamente e gerando preocupação internacional.
Lee Jae-myung, líder da oposição e ex-candidato presidencial, desempenhou papel central na mobilização contra o golpe. Em um discurso inflamado, instou a população a se manifestar em frente ao Parlamento, que foi imediatamente cercado por forças militares e está isolado desde as primeiras horas do dia.
Relatos indicam que membros da oposição estão em contato com diplomatas estrangeiros em busca de apoio, enquanto cresce o temor de que o país esteja à beira de um confronto civil. O desdobramento da crise será crucial para determinar o futuro da estabilidade na península coreana.